Todos já sabem que o PBT - Peso Bruto Total é quem pode derrubar uma ponte, mas é o Peso Por Eixo que estraga o asfalto. Por isso é fundamental controlar tanto um quanto o outro. E a Resolução 258/08 do Contran contempla isso. E ainda estabelece corretamente que aquela famosa tolerância de 5% é para o instrumento de medição (balança) e não pode ser adicionada na carga no veículo.A polêmica está aí: a mudança cultural desse conceito, que traz logicamente alguns problemas técnicos como no caso das cargas líquidas, mas fundamentalmente requer um avanço na tecnologia do transporte de carga.
Vejamos alguns exemplos:
1) Carga Fracionada: quando se controlava apenas o PBT, bastava carregar com uma "certa" lógica o peso legal permitido, para não comprometer a dirigibilidade do veículo, e pronto: não havia problemas na balança (não multava-se por eixo). Hoje essa "certa" lógica pode não ser suficiente!
E se a carga for fracionada com pesos diferentes? Como evitar excessos nos eixos?
- Com mais tecnologia e treinamento. Existem recursos para calcular a distribuição de cargas diferentes e mesmo assim manter uma boa distribuição entre os eixos.
No caso acima é fácil:
se o peso estiver correto, uniformemente distribuído (e o comprimento da carroceria também): não haverá excesso nos eixos
Mas, e assim? Como evitar excesso nos eixos? - Com mais tecnologia no transporte 2) Carretas Longas (~15m) com caminhão-trator de 2 eixos (4x2)? Essa não tem jeito! A limitação imposta, corretamente, diga-se de passagem, do balanço traseiro em 3,5 metros, faz com que o conjunto não distribua corretamente a carga entre os eixos.Para distribuir corretamente o balanço traseiro calculado seria maior, mas está limitado 3,5m para evitar que o canto traseiro varra a pista contrária e provoque acidentes. Portanto, se carregar o peso máximo legal baseado no PBTc, distribuído uniformemente, não tem escapatória: vai dar excesso nos eixos do cavalo (mesmo que o PBTc esteja correto). Ou leva menos carga ou modifica a distribuição dentro da carreta.
3) Carreta "Wanderléia" com 1º. eixo - suspensão pneumática e os 2 traseiros com suspensão mecânica:
Como não há transferência de carga entre o 1º eixo (pneumático) e o 2º e 3º (mecânicos), se mexer na pressão da bolsa de ar, desequilibra toda a distribuição e o eixo isolado pode ficar com excesso de peso, aliviando os demais e o cavalo. No caso de tanques compartimentados, com descargas parciais em locais diferentes, pode ser mais crítico ainda: como adequar a pressão em tempo real para cada situação de peso a medida que os compartimentos vão sendo esvaziados? São novas realidades. Nesse caso: tecnologia do transporte ligado à habilidade da manutenção.Suspensões em ordem, agora, passam a ser fundamentais também para distribuição correta dos pesos.
Se alterar a pressão da bolsa pode causar excesso de peso nos eixos.
Esses são apenas alguns exemplos da necessidade de novas ferramentas e treinamento das equipes no setor de transporte de cargas. Novos tempos. Novas necessidades.
Rubem Penteado de Melo, MSc. é instrutor e consultor da Escola de Transportes e diretor da Transtech Ivesur Brasil Ltda
Boa tarde voces podem me informar qual o peso que posso carregar uma carreta Wandeleia de dois eixos.
ResponderExcluirCOMO DISTRIBUIR 25T EM UMA CARRETA COM 15M E UM CAVALO 4X2, PODERIA DIVIDIR A CARRETA EM SECÇÕES E DIZER QUANTO POSSO COLOCAR EM CADA CECÇOES PARA
ResponderExcluirDIVIDIR BEM O PESO ENTRE OS EIXOS
COMO DISTRIBUIR 29T EM UMA CARRETA COM 6 eixos 3 no cavalo e 3 na carreta, PODERIA DIVIDIR A CARRETA EM SECÇÕES E DIZER QUANTO POSSO COLOCAR EM CADA CECÇOES PARA
ResponderExcluirDIVIDIR BEM O PESO ENTRE OS EIXOS pode responde no lucianopedrini83@hotmail.com
A Empresa Five Ti , está lançando o SPE Cargas - Solução de Pesagem Veículo por Eixo. O sistema é ideal para controlar o excesso de peso nos eixos do veículo, ele calcula a distribuição peso da carga em cada eixo em tempo real.
ResponderExcluirAcesse www.fiveti.com.br/manual
Att.
Elcilei Lopes