No Brasil, a logística evoluiu a uma velocidade gigantesca nos últimos dez anos, exigindo dos profissionais da área uma visão integrada de todo o processo e uma postura colaborativa junto aos Clientes internos e externos e Fornecedores.
Paralelamente, o quadro de funcionários foi reduzido na maioria esmagadora das empresas, e as cobranças aumentaram em proporção desigual. Ainda junto a tudo isso se identificou uma menor tolerância a erros e a exigência de resultados em curtíssimos prazos.
Grande parte do tempo dedicado às atividades estratégicas e táticas foi substituída pela necessidade de apresentar resultados imediatos e pelo temor de perder o emprego, forçando muitos desses profissionais a voltar-se quase que exclusivamente à rotina operacional diária. Devido ao fato de muitos deles trabalharem em torno de 10h a 14h diárias, muitas vezes independendo do cargo e do segmento em que atuam, impediu-os de se aperfeiçoar em cursos técnicos e complementares, graduação, pós-graduação e MBAs.
Neste processo evolutivo “criou-se” uma grande (e provavelmente falsa) expectativa por parte das empresas em relação ao perfil ideal do profissional de logística, e que traçam a árdua missão aos “hunters” pela busca deste profissional.
Com relação às habilidades pessoais, o profissional de logística necessita ter:
1. um bom relacionamento interpessoal,
2. ser multifuncional,
3. mostrar pró-atividade e comprometimento,
4. dinamismo,
5. agilidade,
6. flexibilidade,
7. bom senso e raciocínio lógico,
8. rápido poder de reação,
9. capacidade de trabalho em equipe,
10. senso analítico,
11.orientação para resultados, e
12. coragem para assumir riscos.
Quando discorremos sobre suas competências, então vem uma série de pré requisitos primordiais e indispensáveis:
1. permanente busca por mais conhecimentos técnicos e práticos,
2. familiaridade com as ferramentas tecnológicas tipo ERP, WMS e TMS,
3. maior interação com as áreas internas,
4. foco nos Clientes e Fornecedores,
5. visão de processos,
6. constante preocupação com a diminuição dos custos e a realização de serviços com maior qualidade e segurança,
7. garantindo o perfeito atendimento das entregas;
Pois o principal objetivo é maximizar toda a cadeia de abastecimento (supply chain) e não somente aquele elo onde atua.
Além de tudo isso, conhecimentos de matemática financeira, custos, estatística, pesquisa operacional e ferramentas de gestão da qualidade e principalmente capacidade de desenvolver, implantar e implementar projetos de melhoria contínua. Mas como conseguir encontrar profissionais tão capacitados e completos num mercado onde a mão-de-obra qualificada está cada vez mais rara.
De um lado é crucial que o profissional entenda seu verdadeiro papel no contexto das empresas e que tenha um perfil adequado para se adaptar às constantes mudanças e velocidade com que a área de logística avança, pensando no resultado em curto prazo, tendo a visão do médio e longo prazo para não impactar na operação.
E de outro, é fundamental que as empresas estejam dispostas a investir na capacitação técnica de seus colaboradores, desenvolver um plano de carreira de acordo com o potencial, entender quais são suas necessidades e expectativas resgatando as questões motivacionais de vital importância e aumentando a capacidade intelectual. Consequentemente reter talentos, permitindo-lhes desenvolver e implementar soluções diferenciadas.
Uma “pitada” de qualidade de vida poderá ser um diferencial fundamental, ou será que qualidade de vida não combina com logística?
Infelizmente, no atual cenário em muitas empresas do setor o investimento é praticamente nulo no capital humano, e em outras, embora seja muito tímido, não atinge a cifra mínima recomendada de 0,5% a 1,0% do faturamento anual.
A combinação de no mínimo 85% destes pré requisitos e exigências é que garantem o alto índice de empregabilidade ou não; levando-se em consideração a disponibilidade da empresa em investir no capital humano, e o comprometimento do profissional em investir e dedicar-se na empresa.
Mais do que pró ativos e comprometidos com os resultados da sua empresa, os profissionais de logística precisarão estar, antes, envolvidos com suas aspirações e desejos individuais.
Quando assumi um cargo numa empresa de que gerencia o tráfego e o transporte em uma cidade aqui no interior de São Paulo, percebi que algumas coisinhas havia esquecido. Uma delas eram as gírias utilizadas no código “Q” internacional para quem usa rádios HT, de longa distâncias. Portanto, abaixo posto alguns dos códigos mais usados, iniciando pelo código numérico: 1 Primo 2 Segundo 3 Terceiro 4 Quatro 5 Quinto 6 Sexto 7 Sétimo 8 Oitavo 9 Nono 0 Negativo Temos, também, o Código Fonético Internacional que associa respectivas letras do alfabeto a respectivas palavras. Sendo A correspondente a Alfa, B correspondente a Bravo e assim sucessivamente. Internacionalmente foi criado um alfabeto-padrão pela Organização de Aviação Civil Internacional e também adotado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN): ONU Geográfico A - Alfa = América B - Bravo = Brasil C - Charlie = Canadá D - Delta = Dinamarca E - Eco = Europa F - Foxtrot = França G - Golf = Guatemala H -...
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