Você já sabe que os gastos com transportes representam os custos mais representativos com a operação logística e que podem significar algo entre 2% a 8% da receita operacional líquida da sua empresa, e que pela sua importância, tem levado as empresas, insistentemente, ano após ano, a renegociar os valores pagos junto aos seus “parceiros” em transportes, muitas vezes através de negociações unilaterais. Até quando essa estratégia (se é que assim podemos dizer) se sustentará? Reduzir as despesas com fretes através da utilização de empresas menos (ou nada) qualificadas será a alternativa mais viável?
Você também sabe que as despesas com a movimentação e armazenagem de materiais chegam a representar de 1% a 5% do seu faturamento e que pouco se pode fazer para flexibilizar os gastos com mão-de-obra, equipamentos e infra-estrutura.
E talvez você não saiba, mas os estoques consomem outros 3% a 7% da sua ROL.
Então, qual a saída para uma redução de custos? A palavra-chave é OTIMIZAÇÃO e INTELIGÊNCIA.
Algumas importantes perguntas referentes a transportes:
1) A sua empresa utiliza (ou contrata) o perfil adequado de veículo?
2) A utilização da capacidade de carga do veículo é adequada? Existe controle sobre o IA – Índice de Aproveitamento?
3) Existem oportunidades de transporte colaborativo ou sinergias com outros Embarcadores no frete-retorno? Seu parceiro logístico é capaz de identificar essas oportunidades que possam ser revertidas em redução de custos?
4) Existe gestão sobre as não conformidades em transportes, como entregas não-realizadas, re-entregas, estadias, avarias, etc.?
5) As cargas são unitizadas de tal forma a minimizar o impacto em avarias e devoluções?
6) As devoluções são analisadas e as respectivas medidas corretivas e preventivas são adotadas?
7) Outros modais são considerados na escolha da via de transporte?
8) A sua empresa monitora indicadores de custos, produtividade e serviços em transportes?
9) Os níveis de serviços prestados estão alinhados com a realidade de mercado? Não existe necessidade de reavaliar os SLAs – Service Level Agreement?
E outras sobre a sua operação de movimentação e armazenagem:
1) O layout operacional existente minimiza as movimentações doca - estoque e estoque - doca?
2) A operação de cross-docking é realizada sempre que possível?
3) Existem critérios de endereçamento priorizando volume, giro e popularidade? A atualização dos parâmetros é constante?
4) Existe um bom aproveitamento cúbico do espaço destinado à estocagem?
5) A verticalização dos estoques foi feita exclusivamente com porta-páletes ou foi adotado um mix de estruturas de forma a reduzir o espaço perdido com os corredores? Se você apenas utiliza porta-páletes, saiba que você está perdendo de 50% a 65% do seu espaço cúbico, ou seja, em um armazém de 100.000 m³ você está utilizando apenas 35.000 a 50.000 m³!
6) Foi escolhido o correto sistema de separação de pedidos que produzisse o menor número de movimentações e o menor tempo por apanhe?
7) Os índices de acuracidade de inventários são superiores a 97%? É realizado o inventário cíclico ou rotativo?
8) A ocorrência de furtos de mercadorias ou consumo do estoque é muito grande?
9) O FIFO ou FEFO é praticado? O nível de obsolescência de materiais encontra-se dentro de patamares aceitáveis?
10) Existem indicadores de desempenho medindo a performance da operação? A equipe operacional está capacitada a identificar as ações corretivas e preventivas necessárias?
E quanto aos estoques:
1) Existe uma política de estoque formal na sua empresa?
2) Existem parâmetros para o ressuprimento dos estoques ou níveis mínimos e máximos?
3) Os parâmetros foram calculados a partir de conceitos estatísticos ou definidos com base no feeling?
4) A empresa utiliza conceitos ABC na gestão dos estoques?
5) Lead-times são constantemente revisados e questionados?
6) Além do controle administrativo, existe alguma ferramenta in-loco como o sistema kanban?
7) Existe um monitoramento dos no movers e slow movers?
8) O lançamento de novos produtos respeita o processo de phase-in / phase-out?
9) As rupturas são freqüentes e representativas?
10) Existem indicadores para o monitoramento dos níveis de estoques?
11) A sua empresa tem trabalhado no sentido de minimizar os impactos de erros na previsão de vendas sobre o nível dos estoques?
A abordagem para a redução de custos em logística deve ser mais ampla e não se restringir apenas à negociação de fretes. Ainda existe MUITO espaço para a redução de custos com base em decisões sólidas e realmente representativas!
Fonte: Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda
Após uma apresentação de alguns alunos no curso que ministro no SENAC / RP , percebi que mesmo aqueles que fazem o curso e que tem contato com a área apresentam dificuldades em identificar os tipos de caminhões e acessórios que poderiam compor o conjunto. Em vista disso, resolvi montar uma aula específica sobre os tipos e seus acessórios, pesos e as suas dimensões, conforme as legislação vigente, com validade a partir de 01/01/2007, quando foram revogadas as Resoluções 12/98 e 163/04 pela Resolução 210/06 e as Resoluções 68/98, 164/04, 184/05 e 189/06 pela Resolução 211/06 do CONTRAN . Como este blog tem divulgação entre profissionais, estudantes de logística mas, também, para leigos, vamos colocar muitas informações a respeito de como montar os diversos conjuntos para transportar os diferentes produtos pelas nossas estradas.
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