Em meados de 2007, quando o Brasil registrou um crescimento de 5,6%, Governo e organizações do setor começaram a discutir a deficiência da infraestrutura logística no país.
A Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística (ABEPL) foi uma das primeiras entidades a levantar essa bandeira no Brasil e, no mesmo ano, organizou um Fórum de Modais para debater o assunto.
Associação já alertava sobre a possibilidade do apagão logístico, inclusive manteve reuniões com Alfredo Nascimento, Ministro dos Transportes e Miguel Jorge, Ministro da Indústria e Comércio Exterior, devido à precariedade logística do país, comenta Luciano Rocha, presidente da ABEPL.
O dirigente destaca que o país já possuía, na época, grande dependência do modal rodoviário e não atendia a demanda do setor. Como já havia uma preocupação latente, ações foram imediatamente iniciadas, como investimentos do PAC destinados a infraestrutura logística; a criação do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) para o incentivo na melhor distribuição da matriz de transporte; e, recentemente, a organização da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem, mais um mecanismo que irá colaborar para acelerar processos e diminuir os gargalos.
De acordo com Rocha, atualmente, problemas nos principais modais, rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo, ainda merecem atenção nacional e podem impedir que o Brasil atinja o crescimento projetado para os próximos anos.
A maioria das cargas brasileiras, cerca de 65%, é transportada por caminhões pelas rodovias. Essa dependência do modal rodoviário pode ser amenizada com o desenvolvimento e incentivo a multimodalidade. Luciano exemplifica a atual situação citando as antigas frotas de caminhões que cortam o país, a concorrência predatória dos fretes, as rodovias em péssimas condições e os altos custos dos pedágios. Precisamos repensar as rodovias no país, comenta o dirigente.
O cenário das ferrovias, há mais de 50 anos sem receber investimentos federais, começa a dar sinais de mudanças. Mas para o resgate desse modal, o custo de recuperação da malha é em torno de 1 milhão de dólares por quilômetro. Além de ser um alto custo, não temos capacidade para recuperar quilômetros de linhas férreas em tempo hábil, pondera o presidente da Associação. Assim, o governo decidiu repassar esse trabalho às concessionárias.
Anos atrás o setor aéreo sofreu com um colapso nos sistemas de aviação, que denunciou a precariedade dos aeroportos. Na visão de Rocha, uma das únicas saídas para o Governo e, para o país, é a ampliação do Aeroporto de Viracopos, que já está em andamento. Trata-se de uma ação imediata, que amenizará os problemas. A longo prazo também precisará ser revista, analisa.
O modal marítimo também precisa de incentivos e adequações. O Porto de Santos, o maior da América da Latina, possui um calado raso, que não pode ser modificado devido a questões ambientais relacionadas ao depósito de mercúrio. Isso ocasiona limitações ao receber grandes embarcações, comenta. Melhorias também deveriam ser feitas no acesso ao porto (rodoviário e ferroviário) para diminuir a morosidade dos embargues e desembargues de cargas.
Providências precisam ser tomadas com urgência, pois o possível apagão logístico, um entrave nos modais, poderá barrar o crescimento do país em 2010. Vivemos sob um paradoxo. A estimativa otimista de crescimento do PIB nos próximos anos vai de encontro com o possível colapso no setor logístico nacional, fato que, certamente impediria o crescimento esperado, analisa o presidente da ABEPL.
Fonte: Intelog/Site da ABTC
A Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística (ABEPL) foi uma das primeiras entidades a levantar essa bandeira no Brasil e, no mesmo ano, organizou um Fórum de Modais para debater o assunto.
Associação já alertava sobre a possibilidade do apagão logístico, inclusive manteve reuniões com Alfredo Nascimento, Ministro dos Transportes e Miguel Jorge, Ministro da Indústria e Comércio Exterior, devido à precariedade logística do país, comenta Luciano Rocha, presidente da ABEPL.
O dirigente destaca que o país já possuía, na época, grande dependência do modal rodoviário e não atendia a demanda do setor. Como já havia uma preocupação latente, ações foram imediatamente iniciadas, como investimentos do PAC destinados a infraestrutura logística; a criação do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) para o incentivo na melhor distribuição da matriz de transporte; e, recentemente, a organização da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem, mais um mecanismo que irá colaborar para acelerar processos e diminuir os gargalos.
De acordo com Rocha, atualmente, problemas nos principais modais, rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo, ainda merecem atenção nacional e podem impedir que o Brasil atinja o crescimento projetado para os próximos anos.
A maioria das cargas brasileiras, cerca de 65%, é transportada por caminhões pelas rodovias. Essa dependência do modal rodoviário pode ser amenizada com o desenvolvimento e incentivo a multimodalidade. Luciano exemplifica a atual situação citando as antigas frotas de caminhões que cortam o país, a concorrência predatória dos fretes, as rodovias em péssimas condições e os altos custos dos pedágios. Precisamos repensar as rodovias no país, comenta o dirigente.
O cenário das ferrovias, há mais de 50 anos sem receber investimentos federais, começa a dar sinais de mudanças. Mas para o resgate desse modal, o custo de recuperação da malha é em torno de 1 milhão de dólares por quilômetro. Além de ser um alto custo, não temos capacidade para recuperar quilômetros de linhas férreas em tempo hábil, pondera o presidente da Associação. Assim, o governo decidiu repassar esse trabalho às concessionárias.
Anos atrás o setor aéreo sofreu com um colapso nos sistemas de aviação, que denunciou a precariedade dos aeroportos. Na visão de Rocha, uma das únicas saídas para o Governo e, para o país, é a ampliação do Aeroporto de Viracopos, que já está em andamento. Trata-se de uma ação imediata, que amenizará os problemas. A longo prazo também precisará ser revista, analisa.
O modal marítimo também precisa de incentivos e adequações. O Porto de Santos, o maior da América da Latina, possui um calado raso, que não pode ser modificado devido a questões ambientais relacionadas ao depósito de mercúrio. Isso ocasiona limitações ao receber grandes embarcações, comenta. Melhorias também deveriam ser feitas no acesso ao porto (rodoviário e ferroviário) para diminuir a morosidade dos embargues e desembargues de cargas.
Providências precisam ser tomadas com urgência, pois o possível apagão logístico, um entrave nos modais, poderá barrar o crescimento do país em 2010. Vivemos sob um paradoxo. A estimativa otimista de crescimento do PIB nos próximos anos vai de encontro com o possível colapso no setor logístico nacional, fato que, certamente impediria o crescimento esperado, analisa o presidente da ABEPL.
Fonte: Intelog/Site da ABTC
Saudações!
ResponderExcluirGostei do blog. Acabei de criar um, com o objetivo de integrar o pessoal da faculdade, vamos ver no que dá!
Até mais
Saudações!
ResponderExcluirPassei para conhecer o blog... Volto depois com mais calma... Mesmo assim este post é bem atual e informativo.
Tenha excelentes dias!
Obrigado pelos comentários..... vamos trocar informações. Sempre encontramos algo que interessa e seria bom divulgar.
ResponderExcluirmais uma vez obrigado e apareça sempre.