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Mostrando postagens de outubro 31, 2010

Gargalos na infraestrutura impõem desafio ao futuro presidente

Para especialistas, é preciso investir em estradas, ferrovias e aeroportos. Porto de Santos depende de mais investimentos para responder a demanda. Há montes de açúcar por todos os lados no terminal de exportação da empresa Cosan no Porto de Santos. O pó branco meio manchado cai do alto sem parar, escorrendo das esteiras que transportam o produto dos armazéns para os cargueiros, e se acumula em todos os cantos. O olho vê um porto sujo e com ar de antiquado, mas o cheiro é de doceria. O ritmo de trabalho é frenético: embarques 24 horas por dia para compensar atrasos causados pelo recorde de exportações de açúcar e pelas chuvas fortes. A Cosan planeja construir um telhado sobre seu terminal mas, por enquanto, qualquer chuva interrompe os embarques. Fácil de entender o problema numa operação de embarque de açúcar a granel. As longas filas de navios esperando no canal de Santos por uma vaga para atracar no maior porto do Brasil refletem a pujança da economia do país, mas também r

Diferença das tarifas reflete momentos distintos do país

O país terá que conviver com altas tarifas de pedágio em algumas de suas principais estradas por pelo menos mais uma década - período que duram os programas de concessões fechados em 1996-1997. Sob uma conjuntura econômica muito diferente da atual - quando a taxa Selic chegou a ultrapassar 30% anuais em alguns momentos - governos como o do Estado de São Paulo fecharam as primeiras concessões com valores nas alturas. Quando se compara o modelo implantado por alguns governos estaduais ao do governo federal - com base em licitações -, as diferenças são significativas: para se percorrer 404 quilômetros da BR-116 Régis Bittencourt, entre São Paulo e Curitiba, paga-se R$ 9,00. Para viajar pelos 440 km que separam São Paulo de Ribeirão Preto o custo é de R$ 43,35. A diferença no trajeto também é grande: enquanto a rodovia que liga SP a Ribeirão é considerada uma das melhores do país, a SP-Curitiba é um dos trechos mais perigosos. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea

Más condições elevam preço do frete

Como estão as estradas brasileiras, por onde trafegam mais de 60% da carga transportada neste país? A palavra final vem da pesquisa 2010 da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Na 14ª versão do estudo, o levantamento de toda a rede pavimentada federal e das principais rodovias estaduais se estendeu por cerca 91 mil km. O trabalho mostra que 14,7% delas podem ser consideradas ótimas e 26,5% boas - no ano passado, esses índices eram de 13,5% e 17,5%, respectivamente. As regulares foram de 45% em 2009 para 33,4% agora, Por outro lado, comprova um aumento das estradas ruins, de 16,9% (2009) para 17,4% em 2010, e das péssimas, de 7,1% para 8%. Na avaliação de Clésio Andrade, presidente da CNT, a melhora é reflexo dos investimentos realizados pelo governo Lula. Segundo o Instituto de Economia Aplicada (Ipea), os recursos destinados ao setor de transporte passaram de uma participação de 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1999 para 1,15% em 2008. Mas o crescimento foi puxado pel