Continuação ....
Uma das propostas foi a implantação de entrega e coleta noturna, onde os fornecedores poderiam estar dando descontos para o recebimento noturno de suas mercadorias aos clientes que aderirem ao sistema. Mas muito disso passa pela falta de planejamento e, em alguns casos, na falta de vontade do empresariado. Um estudo mais detalhado de rotas e na capacidade de entrega ou coleta de cada veículo evita os atrasos nas entregas e a re-entrega, ou seja, evitasse o retrabalho junto ao cliente que muitas vezes acaba ficando insatisfeito. Cabe ao fornecedor gerenciar melhor seus pedidos e ao cliente seus estoques. Ai nós, profissionais da logística devemos apontar as falhas e os acertos, melhorando os processos existentes.
Algumas empresas tendem a fazer um trabalho de redução de custos enganosa que para não gastar alguns centavos em ligações para seus clientes, preferem pagar estadias para veículos parados na porta desses clientes, em alguns casos mais de meio dia à espera de uma coleta/entrega e ainda com várias cargas a serem entregues. Portanto, como é percebido, são muitas as causas que elevam os custos nas distribuições urbanas e nós profissionais da logística, em alguns casos, somos de alguma forma, culpados por eles.
Esse problema em questão é ligado diretamente à percepção da qualidade no atendimento ao cliente por parte de cada fornecedor. A qualidade pode ser considerada como um custo não contabilizado, que não pode ser repassado ao produto distribuído e deve ser assumido pelo fornecedor e não pelo cliente.
Mas entrando um pouquinho em custos, alguns fornecedores teimam em cortar gastos exatamente onde ela é mais necessária, na mão de obra. Ao se contratar profissionais de baixa qualidade, sem conhecimento em distribuição, acabam tendo uma redução de custo não contabilizado.
Mas vamos enumerar o que foi proposto no fórum durante o período de discussão:
1. Utilização nas áreas centrais de bicicletas ou motocicletas para a Distribuição para pequenas e médias empresas;
2. Visão de longo prazo para o empresariado, principalmente o cliente de fornecedores;
3. Melhoria na mão-de-obra utilizada na distribuição;
4. Planejamento Urbano para a área central municipal com leis de zoneamento coerentes (melhor adequação e uso do solo urbano);
5. Implantação de pedágios ao redor do centro expandido;
6. Entregas e coletas noturnas ou DCD (Driver Controlled Delivery) com a implantação de controles de entregas (balanças, leitores de código de barras, contadores de grãos, líquidos, etc);
7. Revisão dos conceitos de distribuição por parte dos profissionais de logística;
8. Melhoria da segurança, principalmente no horário noturno, para viabilizar o item 6;
9. Utilização dos ramais do sistema metroviário, principalmente para entregas noturnas e pequenas distribuições;
10. Melhoria do transporte público de passageiros, metrô, ferrovia, ônibus que tragam conforto ao usuário;
11. Aumento da malha metroviária;
12. Melhoria do sistema de segurança na área central, principalmente, no período noturno;
13. Fracionamento de pedidos (falta planejamento para o pequeno e médio comerciante);
14. Eliminação do "jeitinho" deixando de ser considerado um diferencial estratégico;
15. Utilização de “Ecocargos”, veículos elétricos para transporte de pequenas encomendas e para pequenas distâncias;
16. Melhoria da infra-estrutura (pavimentos, calçadas, telefonia, etc) existente;
17. Mini-CDAs com estrutura compartilhada ou terminais logísticos públicos;
18. Parcerias estratégicas para a distribuição de produtos por meio de operadores logísticos;
19. Distribuição conjunta de produtos de concorrentes;
20. Terceirização ou quarteirização da distribuição (4PL);
21. Reserva de vagas de estacionamento para caminhões que vão fazer várias entregas em um mesmo quarteirão;
22. Sistemas de informações avançadas (uso de tecnologia em veículos adaptados, rastreamento, comunicação com o veiculo via RFDI, agilização de carga e descarga, processos e documentos, condições do transito na área de entrega/coleta);
23. Aumento das vendas para lojas pequenas ou ainda fazer com que o consumidor/cliente se dirija a um ponto pré-estabelecido para entregar ou receber encomendas.
Portanto, como podemos perceber, numa pequena discussão de alguns dias, com diversos profissionais, em diversos pontos do nosso país, temos algumas soluções que podem ou não serem implantadas ou então melhor estudadas.
Uma frase que um dos participantes do fórum usou, foi uma alusão a uma propaganda muito conhecida na televisão aonde essa frase vai de encontro ao tópico da discussão “Os volumes são baixos porque os preços são muito altos ou os preços são muito altos porque os volumes são baixos?”. A se entender, se tivermos volumes baixos nas entregas os preços serão altos, para compensar os custos da distribuição, portanto voltemos a pensar em como resolver o problema de uma distribuição com baixo custo.
Revelando as vantagens da verticalização e a importância de um bom projeto de armazenagem, as empresas mostram que tipos de estruturas utilizam e que produtos estocam. Como os sistemas de armazenagem foram destaque da última edição da revista Logweb, nesta apresentamos outras soluções de grandes empresas usuárias que se beneficiam destes sistemas. Uma delas é a rede varejista Magazine Luiza e a outra é a fabricante de caminhões e ônibus Iveco. No Magazine Luiza , são utilizadas estruturas porta paletes ( montantes de 2,10 m x 9,10 m), racks empilháveis, estanterias para produtos menores e blocados de linha branca nos itens de maior giro, conta o gerente de Planejamento do Centro de Distribuição, Carlos Antônio de Almeida. “Temos, hoje, mais de 11.000 SKUs armazenados no CD Bandeirantes, em Louveira, SP, com grande diversidade de produtos divididos em linhas como eletropesado, móveis, brinquedos, som, imagem, telefonia e presentes, além de linha exclusiva para atendimento às ve
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