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Logística: entendimentos, compromissos e novas perspectivas

Visando melhorar o entendimento sobre logística, estou postando um artigo do site logweb, http://www.logweb.com.br/noticia/index.asp?idNoticias=7190, de 2/2/2009. Sinto-me honrado por estar aqui conversando com você, e espero que você acompanhe, aproveite e participe a cada nova discussão sobre o setor que cresce a cada dia, que traz inovações, que recebe reconhecimento e que mudou muito nos últimos 10 anos. Lá pelos idos de 1990, o entendimento que se tinha sobre Logística se resumia, basicamente, a transporte rodoviário de cargas. Internamente, as empresas não reconheciam o departamento que, na época, era chamado de Expedição e, pior, enxergavam a área como custo e não como diferencial. O que se via eram empresas com suas fachadas, recepção e área administrativa, bem cuidadas e atrativas, visualmente falando, enquanto o setor de Expedição e/ou Transporte eram relegados a segundo plano e normalmente eram sujos e mal conservados. A mudança de mentalidade veio com Fernando Collor de Mello e a abertura comercial desenvolvida pelo então Presidente da República. A concorrência se tornou global e as empresas buscaram um entendimento maior do setor e de suas implicações e começaram a encarar a Logística como um diferencial competitivo. Internamente, as empresas perceberam que Logística envolve desde o planejamento e compra de matéria prima (controle e gestão), abastecimento da linha de produção, controle e gestão do estoque de produto acabado e distribuição para abastecimento do mercado. O desafio deste emaranhado é fazer com que o nível de estoque da empresa esteja alinhado às demandas de seu mercado. Hoje, graças à visão empresarial focada no diferencial competitivo, as empresas apresentam uma hierarquia de cargos, como por exemplo, os diretores que atendem especificamente esta área. Atualmente, faculdades oferecem cursos de graduação e pós-graduação para uma área que aprendeu a se enxergar e a se valorizar. É por isso que os profissionais têm de estar atentos às mudanças que são constantes e significativas. Mesmo com toda a disponibilidade de cursos e especializações, empresários ainda reclamam da falta de capacitação dos profissionais que se candidatam às inúmeras vagas existentes no mercado. Como profissional do segmento logístico e hoje presidente de uma associação que representa e defende o setor, posso dizer que nossa maior preocupação é em relação à capacitação do profissional para uma área que tem um significado tão importante. Estar atento, neste contexto, é imprescindível, pois a Logística vem conquistando importância no mercado e gerando ótimas perspectivas para quem está ligado à área ou quer ingressar nela. Daí a nossa preocupação com o envolvimento do Governo. De um lado vemos a Logística alcançando status de diferencial competitivo para a iniciativa privada, e de outro, o Estado que não enxerga o segmento com os mesmos olhos. E isso é fácil perceber: basta avaliar os investimentos em infra-estrutura dos últimos anos que foram aquém das necessidades para o desenvolvimento do país. E, como entidade representativa, vamos continuar trabalhando para: primeiro, promover ainda mais o setor frente à iniciativa privada e mais, reunir o setor e defender nosso segmento promovendo ações políticas, encaminhando demandas, sugestões de forma incisiva, frente ao governo. Luciano Rocha – presidente da ABEPL – Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística, instalada em Jundiaí, SP (luciano@abepl.org.br)

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