por Clésio Andrade*
Crônica dificuldade do transportador rodoviário brasileiro, a avançada idade dos caminhões da frota nacional está prestes a se transformar em problema de nefastas consequências para toda a população do país. Os caminhões velhos exigem manutenção mais frequente e apurada, representando mais custos para o transportador. A CNT tem orientado as empresas e também os transportadores autônomos que evitem repassar esses custos para os preços dos transportes. Contudo, já não há mais como reter esses prejuízos.
Some-se a isso as péssimas condições das estradas brasileiras - uma rodovia com pavimento de má qualidade pode elevar em até 20% o custo de uma viagem, pois reflete diretamente no consumo de combustível - e está formada a nefasta aritmética que atrasa o crescimento do país.
Portanto, podemos concluir que mesmo que alguns custos decorrentes da idade avançada dos caminhões sejam absorvidos pelo transportador, esse fator - a idade da frota - certamente reflete nos preços finais dos produtos que chegam até o consumidor.
Não bastasse a questão do custo de manutenção, vale destacar que caminhões velhos em circulação nas rodovias estão mais expostos ao risco de provocar acidentes. Num país em que dados oficiais indicam mais de 35 mil mortes por ano em acidentes rodoviários e na maioria dos quais, infelizmente, estão envolvidos caminhoneiros, a renovação da frota seria, pois, também um investimento em segurança nas estradas.
Há, por fim, mas não menos importante, a questão ambienta!. Da frota brasileira de caminhões, 45% têm mais de 20 anos, portanto, muito mais propensos a emitir fumaça escura, com fuligem e gases poluentes.
Embora com participação de apenas 9% na emissão de gases que contribuem para o efeito estufa e provocam o aquecimento global. a atividade transportadora brasileira assumiu o compromisso de adotar novas posturas para diminuir a agressão ao meio ambiente. O programa Despoluir da CNT vem adotando uma série de ações com resultados bastante satisfatórios.
A CNT está propondo no Plano Nacional sobre Mudança do Clima um programa de renovação da frota.
Essa é a saída: incentivos reais para que o transportador - principalmente o autônomo - possa adquirir veículos novos, pois uma frota mais moderna de caminhões deve ser vista como assunto de extrema importância e urgência para a segurança em nossas rodovias, para que os produtos de consumo não sofram inflação de preços e para que possamos contribuir para a melhoria do meio ambiente.
O poder público tem, portanto, obrigação de dar uma resposta rápida e satisfatória a essa questão.
FONTE: O autor - *Clésio Andrade é Presidente da CNT
Esses caminhões são utilizados em áreas de restrição a circulação de veículos mais pesados, geralmente nas proximidades de zonas centrais. VUC – Veículo Urbano de Carga O que é? Entende-se por Veículo Urbano de Carga – VUC o caminhão que possui as seguintes características, conforme estabelecido em decreto municipal 48.338/07, do município de São Paulo; a. largura máxima: 2,20m (dois metros e vinte centímetros); b. Comprimento máximo: 6,30m (seis metros e trinta centímetros); e c. Limites de emissão de poluentes VLC – Veículo Leve de Carga O que é? O conceito de VLC, com a entrada em vigor do decreto municipal 48.338/07, do município de São Paulo, deixa de existir. CAMINHÃO Veículo automotor destinado ao transporte de carga, com PBT acima de 3.500 quilogramas, podendo tracionar ou arrastar outro veículo, desde que tenha capacidade maxima de tração compatível. Fonte: http://www.guiadotrc.com.br/lei/vucevlc.asp?
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