Alçada à condição de prática empresarial comumente incensada a partir da Segunda Guerra Mundial como grande diferencial competitivo, a logística cresceu e consolidou-se no Brasil nas últimas décadas. Esse crescimento se inicia com a fundação da Associação Brasileira de Logística em 06/06/1989, quase vinte anos atrás.
Reunidos num grupo interdisciplinar, os fundadores da entidade convidaram empresários, executivos, especialistas e entusiastas daquela que seria a grande "moda" da cultura empresarial na história econômica recente, depois ratificada pelo poder de transformar operações complexas em resultados concretos, reeducar as empresas a buscarem diferenciais de custo ao invés de competir apenas em preços e consolidar estratégias vencedoras com visão sistêmica dentro e fora das empresas.
Nesse momento histórico, convido todos a uma reflexão mais racional e menos emocional. Enquanto o mundo vive a "crise", a logística precisa ser reinventada ou os conceitos do passado valerão para os anos vindouros? Qual será a nossa escolha?
Martin Christopher, da Cranfield School of Management trouxe-nos o "supply chains compete, not companies", enquanto Peter Druker definiu "logistcs, the last frontier of cost reduction" e o "the only sustainable advantage in a supply chain is the rate of learning" tem sido defendido por Hau Lee.
No Brasil, tanto Paulo Fleury (CEL/Coppead), quanto Marcelo Perrupato e Silva (Secretário Nacional de Política de Transportes) e Altamiro Borges(ASLOG) defendem a melhoria da infraestrutura logística como imprescindível ao crescimento do país.
Mas a dúvida persiste. Não está na hora de reinventar a maneira como se aborda o assunto logística junto ao empresariado, ao governo e à academia brasileira? Os modelos primordialmente discutidos no exterior, notadamente na América do Norte, e depois abraçados com entusiasmo na terra adorada Brasil não são reversíveis à realidade do eterno país do futuro.
Em latim, diz-se "Ubi maior, minor cessat", ou seja, "onde chega o maior, o menor cessa", e é essa a impostação que precisamos ter em relação à logística brasileira.
Reinventar a logística brasileira passa pela consciência de que somos protagonistas em nossa realidade econômica, social e cultural, pela ação racional transformada em conhecimento específico sobre o que fazemos profissional e pessoalmente e pela seriedade de um novo posicionamento mental e psicológico frente ao mundo dito globalizado.
E seriedade, é algo que somente cada um de nós pode ter em relação a si próprio. Num dos trechos mais estudados do livro "Ética a Nicômano", Aristóteles afirma que "seriedade é o ponto médio entre a complacência e a soberba".
Que isso nos sirva não somente de exemplo, mas de motivação. É uma questão de escolha.
Adalberto Panzan, é presidente da Associação Brasileira de Logística
Revelando as vantagens da verticalização e a importância de um bom projeto de armazenagem, as empresas mostram que tipos de estruturas utilizam e que produtos estocam. Como os sistemas de armazenagem foram destaque da última edição da revista Logweb, nesta apresentamos outras soluções de grandes empresas usuárias que se beneficiam destes sistemas. Uma delas é a rede varejista Magazine Luiza e a outra é a fabricante de caminhões e ônibus Iveco. No Magazine Luiza , são utilizadas estruturas porta paletes ( montantes de 2,10 m x 9,10 m), racks empilháveis, estanterias para produtos menores e blocados de linha branca nos itens de maior giro, conta o gerente de Planejamento do Centro de Distribuição, Carlos Antônio de Almeida. “Temos, hoje, mais de 11.000 SKUs armazenados no CD Bandeirantes, em Louveira, SP, com grande diversidade de produtos divididos em linhas como eletropesado, móveis, brinquedos, som, imagem, telefonia e presentes, além de linha exclusiva para atendimento às ve
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