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Logística mantém planos, apesar da crise

A crise internacional não inibiu os planos de expansão dos franqueadores do segmento de logística. No fim do primeiro trimestre deste ano, o setor tinha 670 unidades – ou 2,1 mil, se também forem consideradas as 1.429 franquias dos Correios. Se vingarem os planos de algumas marcas – como as brasileiras Flash Courier, Jad Log e Varig Log e as norte-americanas Mail Box Etc e Post Net –, as redes devem terminar 2009 com pelo menos 120 novos pontos. Montar um deles requer investimento de R$ 12,5 mil a R$ 320 mil, dependendo da empresa, área da loja e mercado de atuação. A análise dos franqueadores sobre as boas perspectivas para a expansão dos negócios é convergente, o que não significa que não existam problemas no segmento. Os atuais franqueados dos Correios, por exemplo, estão às voltas com decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, que estabeleceu prazo até o fim de junho para que a estatal contrate franquias postais por licitação, em substituição às atuais. A questão da franquia pública – em que o franqueado disputa o negócio por meio de licitações – é um problema de muitos anos. Em vários momentos houve expectativa de que fosse instituída legislação específica para acabar com o problema. No caso dos Correios, os contratos com os franqueados foram sucessivamente prorrogados e lei aprovada no início de 2008 esticou o prazo de uma nova licitação para o fim deste ano. A decisão do TRF, antecipou a obrigação para 19 de junho. É uma oportunidade de negócio para novos empreendedores e um risco para os atuais franqueados porque eles voltam a disputar a agência postal que implantaram. "Decisão judicial é para ser cumprida e a ECT está avaliando providências que possa adotar", informou a estatal, por meio da assessoria de imprensa. Marcas privadas As outras franquias do segmento de logística (veja quadro) são privadas. A Jad Log, com 330 unidades e projeto de abrir 90 em 2009, detém a maior rede. Sua expansão é sustentada pela conversão de bandeiras, afirma o diretor geral Ronan Hudson. Ele próprio já esteve à frente da operação Vaspex, que chegou a ter 550 franquias. Com o fim da Vaspex, ele foi convidado a implantar a operação de carga fracionada na Jad Log, então dedicada aos malotes bancários. Além de ex-franqueados da Vaspex, a marca atraiu outras bandeiras, como a Varig Log, de onde vieram 90 franqueados em 2008. "Em 2007 já tínhamos 211 franquias. Chegamos a 310 em 2008 e a meta é fechar o ano com 420. O Brasil comporta 550 unidades Jad Log." A rede está voltada para o mercado interno, mas também atua internacionalmente por meio de parcerias com DHL, Fedex e UPS. A crise passou longe da empresa, segundo Hudson. Em 2008, investiu US$ 4,4 milhões na compra de dois aviões e investirá mais US$ 3,5 milhões neste ano para aumentar a frota. Novo plano A Varig Log, apesar das perdas de parceiros, ainda opera com 15 unidades próprias e 202 franqueadas. O plano de expansão, a ser retomado no segundo semestre, prevê a abertura de 156 franquias. Oito já estão em implantação. No mês passado, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da Varig Log. "Essa medida tornou-se necessária para permitir à empresa ganhar fôlego e sanear suas finanças, negociar com fornecedores e saldar compromissos, inclusive os assumidos por administrações passadas", informa a empresa na internet. A Varig Log foi vendida à Volo do Brasil (formada por três brasileiros e o fundo norte-americano Matlin Patterson) em 2005 e passou por intenso litígio societário entre 2007 e 2009. Hoje, pertence 100% ao Grupo Matlin Patterson. Outra brasileira disposta a crescer é a Flash Courier, dedicada às encomendas expressas do segmento bancário. A meta é abrir 14 unidades neste ano, diz o gerente de franchising Fabio Gumiero Noronha. Nesse nicho, afirma, a tendência da concorrência é operar regionalmente. Com atuação nacional, como a Flash, há cerca de 20 empresas. Multinacionais As multinacionais do segmento, Mail Boxe Etc (MBE) e PostNet, estão, desde 2006, em sua segunda incursão no Brasil. Em meados dos anos 1990 ambas tentaram se estabelecer no País, em operações que acabaram minguando, e que agora chegam com modelos de negócio reestruturados. O gerente de expansão da Postnet, Luis Henrique Sartoratti, comenta que a loja da marca era um escritório virtual. Hoje, tornou-se um ponto de conveniência de serviços, como cópias, impressos, acesso à internet e gráfica rápida. Opera também com remessas nacionais e internacionais, por meio de parcerias com a FedEx, DHL e UPS. "A logística representa de 35% a 40% do faturamento", diz Sartoratti. Ele comanda o escritório da master-franquia da PostNet para todo o País, onde acredita haver espaço para 150 unidades da marca. A meta de abrir dez por ano contempla oportunidades em várias cidades de São Paulo. A concorrente Mail Box Etc também prospecta São Paulo e analisa que só a capital comporta de 150 a 180 franquias da marca. A meta geral é chegar a 400 lojas em sete anos, afirma o gerente de operações do escritório brasileiro da MBELatan (master-franqueado para dez países da América Latina), David Hanssen. A marca dividiu o Brasil em 16 áreas, cada uma sob o comando de um "representante de área", franqueado que também dá apoio às franquias da região. Desde 2001 a MBE pertence ao grupo UPS. Nos Estados Unidos, parte da rede foi convertida à marca UPS Store. Na América latina será mantida a bandeira MBE. Concebida para ser um business center (internet, fax, cópias, impressão digital, manuseio de remessas), a franquia também "entrega de um brinde a um elefante", por meio de parcerias com a UPS, FedEx, DHL e TNT. O objetivo, segundo o executivo, é atender especialmente empresas de pequeno e médio portes, porque carecem de boa qualidade de serviço nessa área, justifica. Fonte: Diário do Comércio - www.dcomercio.com.br

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