Identificar ofertas, demandas esinalização de crescimento de tráfego nos modais rodoviário, hidroviário, aeroviário. Esses são os objetivos principais para a avaliação de estratégias de intervenções públicas e privadas, em um horizonte de 23 anos, do Plano Estadual de Logística e Transportes (PELT), que o governo do Estado está elaborando neste ano por meio da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicada Universidade de São Paulo (Fipe).No Plano, serão consideradas estimativas de custos de cada projeto, assim como seus impactos econômico, social e no sistema de transportes do Estado. O estudo levará em conta a logística de transportes; modelagem econômica com cenários futuros; aperfeiçoamento da gestão dos projetos de transportes.
"O PELT é de fundamental importância para um estado com dimensões continentais e tanta diversidade econômica e que cresce a um ritmo acima da média nacional", atesta Cândido Araújo Filho, diretor de transportes terrestres de Secretaria de Estado de Transportes (Setran), que está coordenando as ações de elaboração do Plano.
Como o último estudo data de 1980, portanto completamente defasado, os indicadores colhidos em campo devem partir do zero. Doze equipes de pesquisa foram distribuídas em pontos estratégicos do Estado, levantando informações de movimentação de cargas nos diversos modais, executando pesquisa origem/destino, fazendo o zoneamento de tráfego por região e o georeferenciamento da rede multimodal.
Segundo o coordenador da pesquisa, professor Dr. Carlos Azzoni, da Fipe, "essas informações nos permitem traçar um quadro de crescimento em horizonte de tempo para que o Estado possa investir com olhos no futuro".
A pesquisa vai mostrar o tráfego diário médio anual das principais rodovias paraenses, o movimento dos terminais portuários e das concentrações de atividades econômicas na indústria e no campo que geram demanda de transportes e infraestrutura. Será de grande utilidade também para identificar onde estão ou estarão situados os "gargalos" que congestionam nossa malha de transportes e os chamados "elos faltantes", deficiências no setor que podem ser solucionadas com inteligência.
O parque industrial de Marabá, com a nova indústria de aço da Vale, o escoamento de minérios na Calha Norte, Paragominas e no sudeste paraense como Parauapebas, Ourilândia do Norte e Canaã dos Carajás vão demandar políticas delogística de transportes das mais complexas envolvendo os três modais. O sistema "rol on rol off" e a quantidade de carga transportada em embarcações como o açaí, a castanha, o palmito, carvão e farinha deverão merecer estudo mais aprofundados do PELT.
A rede de informações deverá abranger estudos de deterioração do pavimento que ocorre quando as rodovias sofrem um peso acima do limite estabelecido; priorizar um conjunto de investimentos que alavanquem a economia e buscar os melhores meios de atender a demanda de exportação por rodovias, ferrovias e portos dotados de alta tecnologia.
O secretário de Transportes, Valdir Ganzer, observou que a tendência é a produção do centro norte do Brasil ser escoada para os portos do Pará pelas rodovias federais e rios, desafogando os portos do sul e sudeste. "Temos de pensar o Pará para as próximas décadas quando estará produzindo e exportando minérios, grãos, carne, madeira e até produtos industrializados para o mundo todo, razão pela qual vamos investir no PELT".
Segundo Messias Costa, por se tratar de um empreendimento de grande porte, esse primeiro contato dos empreendedores com o órgão de engenharia estadual é de fundamental importância para viabilizar os estudos necessários na área de engenharia rodoviária.
Fonte: Agência Pará de Notícias
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