A onda de grandes licitações de concessões rodoviárias e de geração de energia colocou alguns grupos do ramo de infraestrutura em uma situação complicada. Este ano a Triunfo Participações, em meio à construção de uma hidrelétrica de R$ 400 milhões em Goiás, não conseguiu levar a concessão da rodovia Ayrton Senna, em São Paulo, por falta de garantias financeiras, e quase vendeu uma de suas rodovias no Rio Grande do Sul para levantar recursos. Dona de seis concessões rodoviárias, a Cibepar está tendo dificuldades para instalar as 17 usinas termelétricas que levou nos últimos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - os investimentos podem chegar a R$ 10 bilhões. A espanhola OHL, até 2007 dona de quatro rodovias no interior paulista, levou outros cinco trechos federais para sua carteira e agora precisa levantar R$ 4,3 bilhões para investir nos próximos cinco anos.
Nenhum dos grupos oficializa intenções de vender seus ativos rodoviários para levantar dinheiro, mas há movimentação no mercado para novas compras. A CCR concluiu há menos de dez dias uma distribuição de ações para levantar R$ 1,2 bilhão com intenção declarada de adquirir concessões dos concorrentes. Pelos cálculos da CCR, a nova captação elevou a sua capacidade de investimento de R$ 1 bilhão para R$ 4,1 bilhões. Os planos do grupo são usar partes do valor captado para adquirir concessões e participar de novos leilões - com atenção especial ao Rodoanel.
Segundo informações do grupo, há no momento entre cinco e seis acordos de confidencialidade fechados para estudar aquisições no mercado secundário de concessões - negociações que podem render frutos já no primeiro trimestre de 2010. De acordo com a CCR, são trechos bem localizados e com boa rentabilidade. A empresa tem preferência revelada por rodovias em território paulista, mas no mercado não se sabe exatamente o que está à venda.
A Triunfo Participações voltou atrás na sua intenção de vender a Concepa, concessionária que administra 121 quilômetros (km) de estradas entre os municípios de Osório e Guaíba, no Rio Grande do Sul. A Cibepar tem na carteira dois mil quilômetros de rodovias distribuídas em três Estados: três no Rio Grande do Sul, duas em São Paulo e uma em Minas Gerais. No momento a Cibepar não está se desfazendo de seus ativos, mas seus sócios estão: a Equipav colocou à venda duas de suas usinas de cana no interior paulista. A Aneel tem feito pressão para o grupo cumprir seus prazos e entregar as termelétricas em tempo.
Outra hipótese observada no setor é a OHL. No início de outubro, a OHL entrou na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) com um pedido de abertura do capital das suas quatro concessões estaduais. Na época, a empresa usou como justificativa a possibilidade de "captar recursos junto ao mercado de capitais". Mas, na última reunião com analistas, a OHL negou que pretendesse vender participações nas suas rodovias paulistas. Segundo o diretor financeiro do grupo, os planos para levantar capital são outros: "Estamos trabalhando basicamente, inicialmente, com contração de dívida. Não pretendemos vender participação nas empresas operacionais." A OHL está com dificuldades na operação de suas rodovias federais. Ela admite que ficará em atraso no cronograma de investimentos deste ano, previsto em R$ 1,1 bilhão.
Na caça por concessões, a CCR não quer participações pequenas, mas também não faz questão de ser majoritária. Em 2008, ela adquiriu das construtoras Senpar e Encalso um total de 40% das ações da Renovias, um conjunto de cinco estradas paulistas entre a região de Campinas e Minas Gerais. O negócio saiu por R$ 250 milhões.
A consolidação no setor rodoviário é vista no mercado como algo inevitável. Além da CCR (controlada pelas construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Serveng e a portuguesa Brisa), os grandes grupos no ramo são a Ecorodovias, da CR Almeida , e a Odebrecht, que voltou ao ramo levando a Dom Pedro (SP) no ano passado, depois de sete anos fora do ramo desde que saiu da CCR.
O mercado observa com atenção a Invepar, dona da Linha Amarela e do Metrô do Rio de Janeiro. De propriedade da OAS, em sociedade com a Previ, ganhou musculatura com a entrada da Petros e da Funcef, e estreou em solo paulista com a concessão da Raposo Tavares.
Fonte: Valor Econômico
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