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A COMPETÊNCIA LOGÍSTICA NA GESTÃO PÚBLICA


A evolução econômica das empresas e cadeias que estão inseridas em filosofias capitalistas está embasada na conquista ou proteção de mercados frente aos seus concorrentes. De certa forma o homem busca replicar aquilo que ocorre na natureza, onde os algoritmos genéticos permitem a sobrevivência das espécies mais competitivas no ambiente em que vivem. A evolução econômica baseada nos incrementos de competitividade, proporciona produtos melhores e mais baratos aos consumidores e por conseqüência as empresas são recompensadas com o lucro. O lucro é a evidência da competitividade das empresas e cadeias.

Para alcançar os seus objetivos, as empresas lançam mão de métodos, técnicas e ferramentas baseadas nos ganhos de competitividade que elas proporcionam aos seus negócios. Dentre as técnicas surgidas nos últimos anos, destaca-se a Logística Empresarial. A Logística Empresarial teve como inspiração a Logística Militar, cujo objetivo é a gestão sistêmica das operações para apoiar as conquistas e defesas de territórios. A adaptação deste objetivo para o meio empresarial é fácil de realizar, basta trocar da palavra “território” para “mercado” para termos uma idéia geral sobre os objetivos da Logística Empresarial.

No âmbito mundial, as empresas com as melhores práticas de logística possuem diretorias específicas para esta competência, com visão sistêmica, abrangendo as áreas de suprimento, produção, distribuição e serviços ao cliente com forte interface de modelos quantitativos. O sucesso que estas práticas de logística vêm proporcionando às empresas gerou a extrapolação dos conceitos para as cadeias produtivas, notadamente nas do tipo supply-chain (cadeia de suprimentos). O supply-chain é a gestão sistêmica das operações das empresas, conectadas uma-a-uma, que fazem partes, conjuntos e sub-conjuntos de um produto de consumo final, tendo como base as exigências do mercado consumidor deste produto.

Nas atividades desenvolvidas pelo poder público, a existência de um mercado cativo e sem competidores prejudica o esforço natural de busca pela competitividade, inibindo assim a evolução sócio-econômica dessas atividades. Dessa forma a sua evolução sócio-econômica pode ser afetada pela inexistência de necessidade de competitivida
de, uma vez que os usuários dos seus serviços são cativos. O resultado, de forma geral, é a ruptura de sinergia das ações operacionais que visam suprir de forma satisfatória as necessidades que constituem as demandas da sociedade.

A ocorrência deste fato não é diferente quando se trata de atender as demandas por competitividade logística das empresas e cadeias produtivas do país. A evidência deste problema é amplamente divulgada pela imprensa, most
rando a falta de investimentos em infraestrutura logística. O estado é um ator de peso através da forte interferência na regulamentação sobre o funcionamento dos modais (exceto o rodoviário), tanto nas permissões de operações de transporte, de vias e de terminais, bem como investidor da infra-estrutura viária e de terminais (aí incluído o rodoviário).

Algumas ações do poder público podem ser vislumbradas, porém de forma tímida, ou tardia ou ainda não sistêmica. A criação de agências reguladoras é um passo importante, porém a falta de convergência de objetivos das próprias agências em relação a competitividade logística do país poderá ser um obstáculo a médio e longo prazo. Outros exemplos são louváveis, ainda
que tardios como por exemplo o PAC e o PNLT, porém necessitam de implementação urgente.
Por Mauro R. Schlüter - mauro@ipelog.com
Fonte: http://divelogsolucoesemlogistica.blogspot.com/2009/08/competencia-logistica-na-gestao-publica.html

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