Radares são dispositivos disciplinadores e não geradores de multas. Quem gera multa é o infrator. Se verificarmos, no rigor da lei, de fato, quando existe uma infração esta deverá ser aplicada. No entanto, há uma questão paralela, que é da segurança pública. O policiamento é mais ostensivo durante o dia, ficando os plantões no período da noite.
Não há como proteger toda a cidade durante o dia e a noite com a mesma intensidade, sem um grande adicional de custo no tocante à segurança pública. Daí depreende-se que, no caso dos cruzamentos, durante a madrugada prevaleça o bom senso em administrar esta questão, que extrapola a questão do trânsito.
Fica o viés quanto ao comportamento dos motoristas que, sendo tolerada a aplicação de multa durante a madrugada, poderá ultrapassar o sinal vermelho em velocidade dado que neste período existe pouca circulação de veículos, o que poderá ocasionar e ampliar os acidentes com maiores consequências.
Caberá a culpa ao infrator. No entanto, o poder público será conivente por tolerar o tipo de infração durante a madrugada? Eis o cenário, visto dos dois lados. É preciso ponderar os efeitos sobre os diversos agentes para opinar em definitivo. Regras de condução devem ser incorporadas ou a segurança pública deve ser ampliada? Em algumas cidades da Grande São Paulo temos visto semáforos que indicam, além do tempo verde, o quanto falta para sua finalização. Talvez seja esta uma primeira medida para que os condutores, conhecendo a situação de tempo restante, administrem a passagem pelo cruzamento ou possam controlar o tempo de chegada ao semáforo, diminuindo a velocidade, e garantindo, assim, a passagem sem a necessidade de parar nos semáforos durante a madrugada.
Quanto à questão de não respeitar as faixas de pedestres, não há muito a comentar, pois se trata de infração. Se há excesso de veículos na cidade, não é a invasão das faixas de pedestre que irá aliviar os congestionamentos. Fica claro que os investimentos no transporte público de alta eficiência são necessários para a mobilidade urbana. O Metrô, VLT, VLP e o trem metropolitano são opções de sistemas de transporte público de passageiros que devem ser incentivados por não disputarem o espaço viário com os demais automotores.
Uma rede de transporte integrada que extrapole as ligações radiais, estabelecendo também ligações perimetrais são essenciais para a grandeza da região metropolitana de São Paulo. O Metrô é solução, mas os outros modais também são, pois existem eixos com demandas que justificam sua implantação.
Com um sistema de transporte coletivo de alta eficiência, muitos poderão deixar os veículos, mais voltados ao lazer e pequenos deslocamentos, próximos às residências. Isto fará com que a cidade retome os melhores níveis de mobilidade e, por conseqüência, os passeios destinados aos pedestres sejam, de fato, respeitados.
Fonte: Heitor Kawano - Professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana). (http://www.canaldotransporte.com.br/detalheopina.asp?id=490%20&%20foto=Sim)
Não há como proteger toda a cidade durante o dia e a noite com a mesma intensidade, sem um grande adicional de custo no tocante à segurança pública. Daí depreende-se que, no caso dos cruzamentos, durante a madrugada prevaleça o bom senso em administrar esta questão, que extrapola a questão do trânsito.
Fica o viés quanto ao comportamento dos motoristas que, sendo tolerada a aplicação de multa durante a madrugada, poderá ultrapassar o sinal vermelho em velocidade dado que neste período existe pouca circulação de veículos, o que poderá ocasionar e ampliar os acidentes com maiores consequências.
Caberá a culpa ao infrator. No entanto, o poder público será conivente por tolerar o tipo de infração durante a madrugada? Eis o cenário, visto dos dois lados. É preciso ponderar os efeitos sobre os diversos agentes para opinar em definitivo. Regras de condução devem ser incorporadas ou a segurança pública deve ser ampliada? Em algumas cidades da Grande São Paulo temos visto semáforos que indicam, além do tempo verde, o quanto falta para sua finalização. Talvez seja esta uma primeira medida para que os condutores, conhecendo a situação de tempo restante, administrem a passagem pelo cruzamento ou possam controlar o tempo de chegada ao semáforo, diminuindo a velocidade, e garantindo, assim, a passagem sem a necessidade de parar nos semáforos durante a madrugada.
Quanto à questão de não respeitar as faixas de pedestres, não há muito a comentar, pois se trata de infração. Se há excesso de veículos na cidade, não é a invasão das faixas de pedestre que irá aliviar os congestionamentos. Fica claro que os investimentos no transporte público de alta eficiência são necessários para a mobilidade urbana. O Metrô, VLT, VLP e o trem metropolitano são opções de sistemas de transporte público de passageiros que devem ser incentivados por não disputarem o espaço viário com os demais automotores.
Uma rede de transporte integrada que extrapole as ligações radiais, estabelecendo também ligações perimetrais são essenciais para a grandeza da região metropolitana de São Paulo. O Metrô é solução, mas os outros modais também são, pois existem eixos com demandas que justificam sua implantação.
Com um sistema de transporte coletivo de alta eficiência, muitos poderão deixar os veículos, mais voltados ao lazer e pequenos deslocamentos, próximos às residências. Isto fará com que a cidade retome os melhores níveis de mobilidade e, por conseqüência, os passeios destinados aos pedestres sejam, de fato, respeitados.
Fonte: Heitor Kawano - Professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana). (http://www.canaldotransporte.com.br/detalheopina.asp?id=490%20&%20foto=Sim)
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