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INFRA-ESTRUTURA | SISTEMA VIÁRIO | MOBILIDADE URBANA - Ponto de Vista


Neste artigo vou focar Infra-estrutura especificamente referindo-me ao Sistema Rodoviário. Desde sempre, dos antigos caminhos até as mais modernas atuais rodovias, “estrada em síntese é a ligação entre dois pontos”, isso sempre foi uma verdade até que as cidades cresceram, os meios de transportes se transformaram e pela globalização o mundo se tornou pequeno.

Sistema Viário sempre foi mal compreendido na essência da sua aplicação, mas em princípio representam a perfeita harmonia do planejamento dos movimentos de qualquer natureza pela superfície, podendo ser focado como arquitetura e urbanismo, movimentação portuária, organização de pátio de aeroportos, etc. Mas os tempos mudaram com o crescimento da população, o surgimento de vários modais de transporte de pessoas e cargas, bem como o aumento da intensidade da movimentação de pessoas e cargas.

Mobilidade Urbana, um termo um pouco mais moderno, de aplicação quase exclusiva em planejamento urbano das grandes metrópoles, porém com o grave problema de focar quase que exclusivamente pessoas em todas as formas de deslocamento, deixando de lado por incrível que pareça o importante segmento do transporte de carga para o abastecimento urbano.

Em verdade hoje, projetos de estradas da alçada do governo federal ou estadual, bem como sistemas viários e projetos de Mobilidade Urbana de alçada dos municípios, devem e precisam ser projetados e planejados de forma sistêmica e integrada, uma vez que no contexto atual estradas são ligações não de dois pontos, mas de pólos geradores (origem/destino) tanto de pessoas como de cargas em geral, nos mais variados modais de transportes. Isto quer dizer que ao se projetar uma rodovia, principalmente as classificadas como “vias fechadas”, devem se levar em conta em todos os municípios que irá cruzar para que se integre ao respectivos sistemas viários, e mais ainda, que estejam em conformidade com as agências reguladoras em especial a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, porque na Logística e no transporte de carga a tendência irreversível é a criação de Centros Coletores/Distribuidores (mais conhecidos como Centrais de Distribuição) ao longo da rodovias, servindo como Centro de Transferência para o abastecimento urbano com seus milhares de pontos de venda, através de veículos especialmente projetados para esse fim.

Mas não é isto que acontece, tomando como exemplo do planejamento mal feito e individual, o conjunto de medidas em fase de adoção pela prefeitura de São Paulo, região metropolitana com mais de 20 milhões de pessoas, pelo qual se restringem todos os tipos de caminhões numa ampla área geográfica e com a altíssima relação temporal. Como disse em editorial passado, como se os caminhões fossem os vilões exclusivos do caos do tráfego e trânsito das vias urbanas.

Já passou da hora para que as autoridades “donos das canetas”, bem como técnicos, projetistas e planejadores pensem e ajam individualmente. Já basta o caos que foi criado. O futuro não pode esperar por soluções corretivas e a única solução é o planejamento sistêmico e integrado para construção de estradas, execução de Sistemas Viários e definição de Mobilidade Urbana.

J.G. Vantine

Fonte: http://www.vantine.com.br

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