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ESPECIALISTAS CRITICAM RESTRIÇÃO A CAMINHÕES

Mais uma reportagem encaminhada pelo amigo Sérgio. Valeu pela colaboração.

Caminhões costumam ser  apontados como os grandes vilões dos problemas de trânsito nas grandes  cidades. Mas, especialistas garantem que simplesmente proibir a circulação  desse tipo de veículo é uma solução de curto prazo que logo se torna  ineficiente. A saída seria investir nas chamadas centrais de distribuição  de cargas e, claro, em transporte público.
O engenheiro civil Maurício  Pina, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que,  de fato, os caminhões estragam o pavimento com seu peso e têm menos  mobilidade para manobras. Há ainda o risco de acidentes, pois a resposta  dos freios em veículos maiores é mais demorada. Por fim, os motoristas às  vezes param em locais inadequados para carga e descarga e em horários de  pico, o que entope as vias.

"As centrais de carga situadas na  periferia impediriam o acesso de carretas pesadas ao núcleo das cidades.  Nesses depósitos, as cargas vindas de outras regiões seriam desembarcadas  e acomodadas em caminhões pequenos, que pudessem ingressar na área central  sem prejuízo ao trânsito, ao pavimento e à segurança das pessoas",  afirmou.

O professor do Departamento de Engenharia Civil da  Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Archimedes Azevedo Raia Junior  ressalta que o processo inverso também é válido.

"As mercadorias  produzidas nas cidades seriam levadas em veículos menores para os  terminais de distribuição. Ali seriam consolidadas e sairiam da área  urbana nos grandes caminhões", disse Raia Junior, que defende uma análise  profunda e o planejamento de uma política de mobilidade de cargas. "É  preciso ter visão de como a distribuição das mercadorias vai acontecer,  senão o governo fica só restringindo, mas não resolve o problema. Até  diminui o número de veículos e melhora o trânsito momentaneamente, mas não  soluciona a questão da mobilidade de cargas e dos congestionamentos. Não  basta proibir."

Raia Junior garante ainda que o transporte de  cargas não é único vilão do trânsito. "O problema é que as restrições são  decididas de maneira isolada, apenas com o intuito de diminuir o número de  veículos nas ruas. Não só as pessoas têm de circular, mas as cargas também  precisam, já que são elas que fazem a economia crescer", disse.

Já  Pina lembra que até o preço dos produtos que chegam ao consumidor podem  ser afetados pelo excesso de proibições. "A restrição na circulação obriga  o caminhão a ficar imobilizado, o que consequentemente aumenta o valor do  frete. Esse custo é repassado para as mercadorias", disse.

Fonte: G1/Site da NTC 

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